sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Helpdesk

Com certeza ao assistir você se lembrará de alguém conhecido.

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Aliás, essa história de helpdesk desde a idade média me lembrou uma piada:

Há algum tempo, em escavações na região da Patagônia, arqueólogos argentinos encontraram pedaços de cabos de cobre datados (após testes específicos) de mais de 2000 anos atrás e concluíram, após estudos, que há 2 mil anos o povo da região já possuía naquela época um sistema de telefonia avançado que usava cobre.

Não obstante, arqueólogos americanos encontraram resquícios de fibra óptica também datados de mais de 2 mil anos atrás na região da Califórnia e concluíram que o povo americano já possuía sistema de comunicação que usava fibra óptica naquiele tempo.

Arqueólogos mineiros realizaram então profundas escavações na região de Ouro Preto e, após ampla busca não encontraram nada. Concluíram, com base em estudos avançados, que os mineiros já usavam wireless há 2 mil anos atrás!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Uma Boa escapada

- Será que se ele tivesse falado primeiro ela teria dito tudo isso? Insisto em pensar que nem todas as pessoas são assim....

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Duração: 2 min 51 seg.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

A magia de uma receita

Por Raul Carneiro
Noutro dia recebi uma mensagem dizendo que tenho postado muitas receitas no Sovacodcobra. É verdade. Tem faltado tempo pra novas fotos ou textos. Até mesmo porque depois da morte da bezerra Bebel ficou brava porque não fui fiel aos fatos.

Pois é. Cozinhar é algo que só deveria ser feito por aqueles que sentem prazer em fazê-lo. Um bom prato é aquele que prende o sentido da visão, aguça o paladar, alimenta bem o corpo e estimula a imaginação. Ele pode ser extremamente simples ou bastante refinado, mas sempre se destaca. Tem um quê a mais.

Como será que foi feito esse prato? Quais temperos foram usados? Qual a sua história? São perguntas que me faço sempre que me deparo com uma receita ou uma refeição com esse quê a mais. Acompanhar o preparo é algo que o torna ainda mais especial. Cria a expectativa da degustação, gera aprendizado e fomenta a imaginação dos que gostam de cozinhar.

Minha avó era assim. Não tinha nada escrito. Cozinhava usando sua criatividade, lembrando de receitas que teve contato ao longo da vida e transformando-as conforme lhe dava na telha. Tinha sempre uma história pra contar ou mesmo um bom papo para complementar o preparo do almoço de domingo.

Uma boa refeição é, antes de tudo, dar a mão à saúde, trabalhar os sentidos e criar laços. Uma boa refeição não deve ser feita sozinho. Merece ser compartilhada senão não tem graça alguma. Mesa bem posta, boa compania, conversa agradável. Tudo isso ajuda a fazer um prato especial. Muda até o gosto...

Cozinhar. Ah, cozinhar alivia stress. Fiz muito purê de batata em camadas intercaladas com carne moída durante a faculdade. Chegava em casa estressado, preparava um purê e punha na geladeira. O tempo de confecção de um purê de batata era o tempo necessário para colocar a cabeça em ordem e baixar o ritmo do dia.

Receitas podem rechear a literatura como A Mesa Voadora ou a Gula do Veríssimo, virar cinema como a festa de Babette, ou até ser motivo de reuniões em família e encontros periódicos de amigos. Podem também ser tema de aventura em aromas, como garimpar temperos no mercado central de Belo Horizonte ou de curiosidade, como experimentar algo bem esquisito quando se viaja.

Quem não tem sua receita especial? Aquela feita nas ocasiões importantes? Eu cultivo o hábito de fazer há três anos uma legítma galinhada do triângulo mineiro acompanhada com tutu de feijão, vinagrete bem temperado e guaraná mineiro. Faz sucesso aqui em São Paulo!

É por tudo isso que eu cozinho e acabo postando as receitas aqui. Além de que eu não canto bem, então recorro à culinária. Quem cozinha os males espanta...

Pra poder variar um pouco, vou postar só as fotos. Quem se interessar mande uma mensagem que eu passo a receita.

Abraços. Raul.


Filé de tilápia gratinado com arroz integral

Legítima galinhada mineira

Simples: arroz branco, contra filé, tomate, cebola e um copo de coca-cola gelada
Arroz Chow Mein, carne com legumes ao molho da malásia
Peixe grelhado ao molho de alho e tomate


Ostras ao molho com alho e bacon

Uma barata d'água gigante? Não sei, mas gostei do prato esquisito,

comido em Apollo Bay, Ocan Road, Australia.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

O bilhete

- Eu te amo. Informou-lhe o pedaço de papel. Só que não era um pedaço de papel qualquer. Esse pedaço de papel tinha mente própria...

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sábado, 15 de novembro de 2008

Esperarei pelo próximo


O canal People & Arts apresenta curtas-metragens entre um programa e outro todo sábado. Realmente bem curtos. Têm ao redor de 4 minutos. Vale a pena assistir.

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Duração: 4 min 22 seg

domingo, 2 de novembro de 2008

Trigada

Fotos e receita: Raul Carneiro
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Essa receita eu experimentei há uns 6 anos atrás, feito pela amiga Catarina.

É um prato árabe, onde acabei fazendo algumas pequenas adaptações que na minha opinião tornam o prato mais gostoso. Uma salada ou vinagrete simples acompanham bem o prato.

Ingredientes:

√ 300 gramas de trigo para quibe

√ 1 Kg de peito de frango

√ 3 cebolas grandes picadas

√ 150 gramas de manteiga

√ Temperos: Sal, pimenta, salsinha e cebolinhas picadas, Ora pro nobis, Garam massala.

Preparo:

Coloque os 300 gramas de trigo em um vasilhame e cubra com água até ultrapassar uns dois dedos. Deixe descansar por 2 a 3 horas e depois retire a água colocando o trigo em um pano de prato limpo e torcendo-o.

Refogue o peito de frango e quando já estiver bem refogado, desfie um pouco com o auxílio de uma colher de pau. Tempere o frango a gosto.

Eu gosto de usar um pouco de Garam massala no tempero (termo da cozinha indiana usado para a mistura de duas ou mais ervas, especiarias e aromatizandtes), que nesse caso foi feito com a mistura de açafrão, cominho, cravo, canela, cominho, curry, louro e gengibre.

Em uma outra panela, esquente um pouco de azeite e, após aquecido, acrescente a manteiga e a cebola. Deixe dourar em fogo baixo. Acrescente então o frango e o trigo. Mexa bastante.

Pouco antes de servir, acresente a salsinha, cebolinha e ora pro nobis picadas, misturando bem. Um pimentinha mineira combina bem com a receita!

* Ora pro nobis: cacto trepadeira comum em Minas Gerais. Planta de folha carnuda, saborosa e rica em ferro e aminoácidos.



Esse prato é muito simples de ser feito e muito saboroso. Nesses seis anos nunca aconteceu de alguém não gostar.

Bom apetite. Raul.

Fez a receita? Então poste um comentário por favor.

domingo, 12 de outubro de 2008

Vistas da Janela

Acho essas duas fotos fantásticas.

Fotos de
Leonardo Melo, Uberlândia MG.
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Sukiaki

Receita Luciana Carneiro, Fotos: Raul Carneiro



O Sukiaki é um prato antigo, datado da era medieval japonesa.

A palavra deriva de Suki, que significa rastelo e Yaki, que significa assar. Isso porque sua origem vem do hábito japonês naquela época de assar batatas doces diretamente no fogo, usando um rastelo para garantir uma cocção uniforme das batatas. Assim eles não precisavam levar para o campo utensílios de cozinha mais pesados.

Com o passar do tempo eles passaram a assar outros legumes e foram agregando mais ingredientes e molhos, já utilizando panelas de ferro em datas festivas onde todos os comensais se serviam da mesma panela.

Para o preparo desse prato, fizemos algumas adequações para nossa realidade, onde retiramos alguns ingredientes mais complicados de serem encontrados em um domingo às 11:30 h (Tofu, Shitake, Moyashi e SaKe) e acrescentamos o hábito de se comer em pratos, cada um com seu talher e se servindo do Sukiaki da panela pelo uso de talher adequado. Assim evitamos riscos de contaminações por hepatite, herpes, bactérias e outras tantas coisas, além de troca indesejada de saliva que deveria existir nessas datas festivas japonesas (eca!).

Um arroz branco também acompanha muito bem o prato.

Para o preparo do Sukiaki é interessante que se use uma panela própria para isso, que tem uma boca mais larga. Deve-se usar colheres de madeira para não riscar a panela. Você pode encontrar esse tipo de panela e colher muito facilmente em mercados onde existam lojas japonesas ou mesmo na internet, mercado livre, por exemplo.
Vamos então à receita:


√ 30 g de manteiga;
√ 200 g de filé mignon fatiado em tiras;
√ Legumes em tiras ou picados (acelga, cenoura, pimentão, vagem, couve-flor e brócolis;
√ Molho para Sukiaki. Nós usamos um molho para Yakissoba da Sakura, comum em todo supermercado e que não é shoyu;
√ Uma cebola picada.


Esquente a manteiga em fogo brando e, quando quente, acrescente a cebola e deixe dourar.

Depois, aumente o fogo e acrescente a carne fatiada (temperada previamente com um pouco de sal) e deixe fritar. Acrescente então os legumes e vá mexendo com o auxílio de duas colheres.

Após alguns minutos, coloque o molho a seu gosto com um pouco d’água. Mexa bem e tampe a panela. Aguarde uns 15 minutos, mexa novamente e sirva acompanhado de arroz branco.




Um prato fácil de fazer, gostoso e que sempre agrada!

Bom apetite. Raul.

Fez a receita? Então poste um comentário por favor.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

A morte da bezerra

Por Raul Carneiro

- Tão bonitinha..., pensou Bebel sobre a bezerrinha da raça holandesa, de pelagem preta e branca, com registro, foto e tudo mais, enquanto apoiava a cabeça, voltada para o lado de fora da janela da sala de aula, dispersa.

Suspirou, com o olhar perdido no horizonte. Pensou na sorte de seu irmão, que ganhou a bezerrinha do fazendeiro que vendeu um grande lote de vacas holandesas para seu pai.

Somente o pai e a mãe de Bebel viajaram para fazer a compra das vacas, apesar da insistência dos filhos em acompanhá-los na viagem. Voltaram com 40 belas vacas leiteiras e uma linda bezerra, vindas do sul de Minas. Seu Honório, que vendeu o gado, ao saber do pedido do filho do comprador, que disse veementemente: - papai, traga bezerrinhas! Comoveu-se e acrescentou ao lote vendido uma bezerra registrada como presente ao menino.

- Papai podia ter trazido mais bezerrinhas. Eu queria tanto uma... tadinha dela..., pensava Bebel com olhar ainda perdido janela afora.

A bezerra, que chegou em épocas de chuvas de verão, foi colocada imediatamente com os outros bezerros no bezerreiro.

Era uma época complicada, pois animais de raças puras, especialmente recém chegados à fazenda, reunidos no bezerreiro e com chuva desabando do céu todos os dias, ficavam susceptíveis às diarréias, infecções e demais doenças comuns em bezerros aglomerados e sob forte umidade. O animalzinho adoeceu nos primeiros dias e morreu. Bebel lembrava de seu irmão que ficou chateado, pois seria sua primeira vaca!

E Bebel pensava na bezerra, pensava no seu irmão, pensava na bezerra, pensava no seu irmão. Quando a professora interrompeu o pensamento em pingue pongue com um grito lá da frente da sala:

- Ô Bebel! Preste atenção na aula! Por acaso você está pensando na morte da bezerra?

E Bebel, num gesto quase que imediato, balançando com os ombros e sem sequer imaginar como a professora poderia saber o que ela tanto pensava para não estar participando da aula, responde inocentemente:

- Eu não. A bezerra nem era minha. Era do meu irmão mesmo...
.
Gostou? Então comente.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Linguine Geográfico Pura Erva

Fotos e receita: Raul Carneiro
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- Quer alguma coisa de lá?


Essa é uma pergunta de amigos e parentes quando vão viajar e que sempre tenho a resposta:


- Se achar tempero diferente por lá, pode trazer, por favor!


E assim o antigo armarinho de madeira, hoje em destaque na minha cozinha, mas que já foi armário de vidrarias e medicamentos de meu bisavô, farmacêutico, do consultório de meu avô, médico, com seus remédios e seringas de vidro, da fazenda Carneirinho de meu pai, com agulhas seringas, medicamentos veterinários e pequenas peças de ordenha mecânica, foi se tornando uma coletânea de alquimias, repleto de ervas, azeites, vinagres, massalas, mostardas, molhos e muitos outros temperos de todos os lugares, exalando sempre um aroma muito bom.


Quando resolvi raptá-lo aqui pra casa e retirar a tinta branca para deixá-lo somente na cor original de madeira amarelada, pude perceber e imaginar em cada camada de tinta branca, amarela, cinza, azulada e nas partes repostas com outros tipos de madeira ao longo de tantas décadas, de quantas histórias mais esse móvel já não participou. Mas vamos aos temperos, que são o objetivo deste post!


Abri a geladeira e nada que fosse compatível com a fome noturna. Foi então que me deparei com o restante do Linguine da última receita postada aqui (se você fez o prato e seguiu à risca a recomendação dos 200 gramas, com certeza também tem os outros 300 gramas). Resolvi então prepará-lo de forma a remexer na origem de alguns dos temperos e fazer um prato multi-sensorial!


Abro o armário e vou escolhendo: tomate seco com alho e ervas desidratados de um mercadinho em Wormeveer, Holanda, um mix de parmezão, noz moscada, cravo, canela e pimenta de algum outro lugar da Holanda, azeite de Tárrega, Espanha, que pus para curtir com ervas de Provence de Montpelier, França, pimentas de Tupaciguara, MG, alecrim de Sertãozinho, SP, manjericão e tomilho do mercado central de Belo Horizonte, MG. Ainda retiro do armarinho a mostarda em grão do mercadão de Ribeirão (rimou),SP, e um sal grosso que aprendi a temperar e moer em uma loja polinésica em Hamiltom, Nova Zelândia. Ervas misturadas com muita geografia!


Misturo o linguine al dente às especiarias extraídas do velho armarinho, acrescento variedades roxa e verde de manjericão, hortelã e alecrim , todos frescos do jardim (rimou de novo, e não foi proposital!), uma mesa bem posta e voilà! Nasce o prato “Linguine Geográfico Pura Erva”. Pronto. Devidamente batizado, encerrando-se a breve história dos 300 gramas restantes de linguine da última receita que fiz ao alho, com um delicioso filé grelhado de miolo de alcatra (interessou? Procure no blog que você encontra a receita também.).


Um prato para aguçar os sentidos da visão, olfato e paladar, bem como a imaginação sobre as infinitas possibilidades de se temperar mundo afora! Ficou muito saboroso, posso garantir. Agora use a sua imaginação e crie o seu!


Fez a receita? Então poste um comentário, por favor.


Bom apetite, Raul.

domingo, 28 de setembro de 2008

Homem que é Homem






Quer ler um bom texto? Clique aqui

Ashes and Snow

Extraído do site Ashes and Snow
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A porta aberta (curta metragem)

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Linguine ao alho e óleo com bife grelhado

Fotos e receita: Raul Carneiro
O Linguine (seu nome significa “pequenas línguas”) são tiras de massa finas, achatadas e compridas.

Cada tipo de massa tem o seu charme particular . Gosto de ter sempre uns três ou quatro tipos de massa em casa, bem como pelo menos duas opções de molho ou ingredientes para acompanhamento. Esta receita tem a vantagem de ingredientes simples. Sempre dá para ter em casa.


O formato do línguine lhe permite ficar cozido em um al dente gustativamente diferenciado dos tradicionais Talharim e Spaguetti.

Recentemente encontramos um alho picadinho e já frito, bem seco, que é perfeito para uma série de situações. Hoje experimentei usá-lo nessa receita de Linguine ao alho e óleo e ficou muito bom.



O miolo de alcatra é o centro da alcatra, muitas vezes chamado de baby beef. É um corte de fibras escuras, de baixo teor de gordura, mais macio que o colchão mole e ideal para grelhados.

Um prato saudável, fácil, prático, elegante, saboroso e barato que agrada a muitos paladares.
É claro que outros tipos de massa podem ser usados como substituição, sem problema algum.

Para 2 porções:

200g de linguine, cozido al dente, em água e sal;

Alho picado e frito, bem seco;

Manjericão, tomilho e sal grosso.

2 bifes de miolo de alcatra (180 gr cada);

Azeite. Eu uso extra virgem, acrescido de pimenta, alho, manjericão, alecrim e outras especiarias. Fica muito bom.

√ 40 gr de queijo ralado;

Sal a gosto.

Tempere os dois bifes apenas com sal grosso em um recipiente e pré-aqueça o grill. Passe então para o Linguine.

Após cozida, coloque a massa em um refratário, reque com o azeite e ao mesmo tempo salpique alho, manjericão e tomilho e misture com dois garfos, evitando quebrar a massa. Vá salpicando o alho e tempero conforme a massa seja revirada. Depois, salpique queijo ralado sobre a superfície e leve ao forno pré-aquecido. Volte para a carne.

Coloque os dois bifes no grill deixando dourar uma face para então virar a outra face. Grelhe conforme seu gosto. Particularmente, não costumo deixar grelhando muito tempo para que fique de mal passado para ao ponto, com o interior avermelhado.

Retire o Linguine do forno e sirva com os bifes. Um vinho tinto ligeiro acompanha muito bem esse prato.

Fez a receita? Então poste um comentário, por favor.

Bom apetite, Raul.

sábado, 20 de setembro de 2008

Os três porquinhos

Pelo companheiro Lula
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